2017

TAWAPAYERA

Atelier Museu Júlio Pomar

Lisboa

TAWAPAYERA
Exhibition View
-
The Rising of the Moon - 21:00
Red Clay, graphite and replicas of Superbowl rings on wood plinth
33 x 33,5 x 16 cm
The Rising of the Moon - 23:00
Red Clay, graphite and replicas of Superbowl rings on wood plinth
25 x 31 x 14,5 cm
The Rising of the Moon - 22:00
Red Clay, graphite and replicas of Superbowl rings on wood plinth
33 x 32,5 x 16 cm
S/ Título
Wood, lime, straw, crystal. resin and replica of Superbowl ring
46 x 53 x 12 cm
The Iron Horse
UltraHD 4K, sound 2´05",loop Ed. 3 + 2 PA
Video Frame

“TAWAPAYÊRA” EM LISBOA

“Quem quiser vir conhecer, Boi Bumba é nosso som, qualquer um pode aprender… E o ritmo é de Boi!”
“Talvez tenha sido quando vi pela primeira vez “O banho das crianças no Tuatuari“ [de Júlio Pomar, presente nesta exposição] que soube que um dia viria a conhecer a Amazônia: que, entretanto, se tornaria para mim lugar privilegiado de imaginação e alegria, sempre renovadas.

No centro destes sentimentos está o Festival Folclórico de PARINTINS, uma das mais emocionantes manifestações de cultura popular em que já participei.

“TAWAPAYÊRA“ foi o tema do espetáculo apresentado pela Associação Cultural do Boi Caprichoso em 2014. Ao ritmo das 6 horas de cada 3 noites de sucessivas edições do Festival, fui pensando que seria bom vir um dia a fazer alguma coisa sob este nome e inspiração. Poderia ser uma exposição. Lembrei-me das pinturas de Júlio Pomar, realizadas na sequência das suas viagens na Amazônia.

Um benfazejo ensejo propiciado pelo AMJP fez surgir a exposição “TAWAPAYÊRA”. À seleção de obras amazônicas de Júlio Pomar – 3 pinturas e uma série de desenhos nunca antes mostrada – juntam-se obras inéditas – feitas ou selecionadas de propósito para esta ocasião -, por três artistas da segunda década do novo século. Neles reconheço – como em tantos momentos da trajetória de Pomar – a energia vital, a liberdade criativa, a ausência de medo e o sentido (ético, mais que formal) da transgressão, que fazem o essencial do que me move no mundo da arte.

Às figuras e explosões de cores dos “índios” de Júlio Pomar, junta-se o dom da libertinagem pictórica concedido a Dalmeida Esilva (quem sabe se pelo próprio Zeus, máscara possível de todos nós), mais os incidentes rituais (pós/punk/neo/pop/trash) das tribos juvenis de Tiago Alexandre, mais as convulsões dos corpos por Igor Jesus raptados (por exemplo em “Saló”, de Pasolini), em memória de inesquecíveis massacres.

Pula galera! Ao som dos tambores da Marujada … A pajelança vai começar !!! “

Alexandre Melo

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